Troian concedeu uma entrevista, acompanhada de um lindo photoshoot ao site The Laterals, onde conta mais sobre o fim de PLL, seus próximos projetos e distúrbios alimentares. Confira a entrevista traduzida abaixo:
Depois de muito tempo, Pretty Little Liars chegou ao fim. Depois de 7 temporadas e 160 episódios, a identidade do vilão da série foi finalmente revelada, deixando os fãs em um estado de incredulidade. Troian Bellisario está no mistério de assassinatos desde o início. Depois de todos esse anos, ela pode transformar e cultivar sua personagem trazendo uma amplitude de profundidade única para a protagonista da série, Spencer Hastings. Por mais agridoce que seja, Troian não está só sentada na margem. O fim dessa amada série lhe deu a chance de descobrir seu próximo grande ato.
Embora ela seja conhecida por seu papel em Pretty Little Liars, Troian é uma veterana em Hollywood. Filha de renomados produtores de televisão, a maioria produzida pelo seu pai. Independentemente de como ela conseguiu os papéis, era claro que Troian tinha um comando artisticamente notável. O glamour era parte de sua paisagem, mas ela nunca se deixou cegar. Mesmo jovem ela estava ciente das complexidades; que você tem que tratar como negócio se você quer uma carreira longa. Crescer na indústria, Troian viveu isso, viu isso, fez isso, foi lá e ainda pegou uma camiseta.
No entanto, estar no centro das atenções não era sempre tão lindo. Durante seus anos de ensino médio, Troian enfrentou pressões e problemas pessoais que resultaram em um distúrbio alimentar. Através dessa experiência, ela pode aprender a honrar a si mesma, sua saúde e ultimamente, sua felicidade. Para ser lançado esse verão, Troian escreveu e estrela em seu último projeto, Feed, uma obra semi-biográfica sobre lidar com a doença. Ela compartilha um lado obscuro da atriz, ao mesmo tempo que mostra sua aptidão excepcional como escritora.
Troian está fechando o capítulo de PLL, embarcando no desconhecido; mas ela não está fazendo isso sozinha. Ela recentemente se casou com o namorado de longa data, o ator de Suits, Patrick J. Adams. No topo disso, Troian está encerrando seu mandato na série com um crédito de diretora, outra conquista para adicionar em seu dossiê de trabalho. Não há dúvida que é uma época excitante para Troian Bellisario, ela segura o mundo inteiro com a palma de sua mão. E não tem mentira aí.
Ambos dos seus pais são indivíduos bastante renomados na indústria do entretenimento. Como foi crescer nesse mundo e como ele te moldou para quem você é hoje?
Acho que a pergunta mais fácil de responder seria: como o trabalho deles não me moldou! Graças ao meu pai e minha mãe eu cresci em um set, em um escritório de produtores e em um lote. Eu era muito afortunada de experienciar esses ambientes desde que posso lembrar, o que foi muito bom quando me descobri trabalhando com eles. Meus pais sempre foram os mais inspiradores contadores de histórias e eles me ensinaram muito sobre o negócio do entretenimento mas também o ofício de contar uma história. Se eles estavam dirigindo um episódio na televisão, ou trabalhando em uma história enquanto faziam risoto para o jantar ou apenas me contando uma história para dormir, eles sempre compartilhavam o processo e seu trabalho comigo. Eles me ensinaram que não era uma magia indescritível, ou algo tipo musa inspiradora; escrever, dirigir e criar são seus trabalhos e exigem dedicação e trabalho árduo.Embora pareça que sempre foi claro para você o que você queria fazer na indústria, se você pudesse prosseguir em qualquer outra carreira, qual seria?
Acho que foi Sam Shepard que disse algo tipo, a primeira escolha de todo mundo na vida seria “estrela do rock”, mas descobrimos qual será nosso plano B e vamos daí. Sim, bom, ele também disse isso ou estou começando um rumor sobre Sam Shepard, ha! Mas se ele não disse, tenho quase certeza que ele concordaria comigo. Eu sou muito afortunada, eu sempre quis trabalhar como atriz e até então, vem dando certo. Mas já que o lance de estrela do rock está fora (eu preciso de mais talento musical) eu admito que eu sempre fui apaixonada pelas ciências. Eu queria ser uma patologista forense ou uma bióloga marinha.É claro, todos te conhecemos por seu papel como Spencer Hastings na série da Freeform, Pretty Little Liars. Como você se sente de encerrar um grande capítulo da sua carreira? Gravar o último episódio deve ter sido muito emocionante para todos vocês.
Ainda estou em choque. Vem em ondas. As meninas e eu ficamos muito tristes sobre o fim, sobre esse capítulo ter sido escrito em nossas vidas; mas, sinceramente, todas as coisas boas chegam ao fim. Por mais que dar adeus a Spencer tenha quebrado meu coração, eu sinto que está na hora de seguir em frente. Nossos fãs vem sendo incrivelmente apoiadores mas eles também estão crescendo. Eu quero que eles olhem para trás e vejam a série como algo especial e lindo. Eu não quero que eles fiquem entediados disso.Mas sim, gravar o último episódio foi um sentimento agridoce que eu nunca tinha experienciado antes. Foi como estar apaixonado com alguém mas saber que tem que terminar para viver uma vida diferente. Dizer adeus te deixa mais consciente de quanto você os ama. Eu senti tudo devagar nas duas últimas semanas de filmagem. Eu me diverti mais, ri mais com as pessoas, chorei mais, diabos, eu provavelmente cheirei as coisas com mais precisão do que eu cheirei nos últimos 7 anos no set porque você sabe que a areia está terminando na ampulheta. Você quer levar cada pedacinho disso com você, mas não pode. Já foi embora.
Depois de interpretar Spencer por 7 temporadas, como você conseguiu crescer e desenvolver esse personagem à medida que a história se desenrolou?
Os escritores dessa série foram incríveis. Cada um deles me ajudou a construir Spencer de uma menina para uma mulher. Todos sabíamos que ela era uma personagem inteligente e divertida, mas sua vulnerabilidade, seus erros, sua lealdade, e acima de tudo sua habilidade de se dobrar mas nunca quebrar, isso foi algo que construímos juntos a cada episódio.Acho que todos sentimos uma liberdade com ela conforme os anos foram se passando; levar os riscos ao máximo, e quando fazíamos isso me testava como atriz. Fazer a escolha juntos de deixar a Spencer parar no Radley, ou lutar com vícios, ou descobrir que ela foi adotada e eventualmente levar a Alex… Bom, eu tive que ir crescendo para cada ocasião como atriz. Spencer me ajudou a crescer e fortalecer minhas habilidades como atriz.
Queremos saber todos os seus segredos. Depois de passar tantos anos com esse elenco e equipe incrível, compartilhe conosco algumas das suas histórias favoritas dos bastidores.
Eu sei que para alguns isso não vai ser um segredo, mas sempre foi minha coisa favorita sobre os sets. Os quartos das meninas estavam todos conectados por um corredor. Eu amava assistir a série sabendo que cada vez que alguém entrasse no quarto da Emily pela esquerda, eles estavam vindo do quarto da Spencer e se eles continuassem indo eles acabariam no quarto da Hanna e o da Aria. Costumávamos usar essa vantagem nos episódios da Dollhouse, quando nossos “quartos” que A nos manteve eram todos próximos um do outro, conectados por um corredor de cimento.Você recentemente terminou de filmar um filme de ficção científica, Clara. Não é apenas um grande desvio de seus trabalhos anteriores, mas você estrelou ele ao lado do seu marido, o ator Patrick J. Adams. Como foi essa experiência para você?
Foi uma explosão total. É uma alegria trabalhar com alguém que você conhece tão intimamente. As emoções nunca estão muito longe de alcance e você se sente confortável instantaneamente em uma cena. Também é um desafio da melhor maneira porque ele é incrivelmente talentoso. Trabalhar com ele sempre me deixa melhor porque ele segura sua mão no fogo, você não pode sair com nada menos que o melhor com ele.Seu último projeto é um pouco mais pessoa, e você escreveu e estrelou nele. Nos conte um pouco sobre seu filme, Feed.
Eu estava há 3 anos na recuperação da anorexia e eu ainda tinha problemas descrevendo para as pessoas que lidar com um distúrbio alimentar é mais que apenas não querer comer. Doenças mentais são muito complicadas e na maior parte do tempo invisíveis. Se alguém está doente fisicamente você pode ver manifestações no exterior de sua doença ou machucado e oferecer ajuda para aliviar a dor ou trabalhar para restaurar a saúde. Sua perna está quebrada? Aqui está um gesso para ajudar a consertar o osso. Você está com febre? Fique na cama e beba muito líquido, etc. Mas uma doença mental? Não tem exame no cérebro que pode detectar um distúrbio alimentar, mas ainda sim é a doença mental que mais mata, recuperação é incrivelmente difícil e morte é tragicamente comum. Essa é uma doença que é extremamente dolorosa; ameaça a vida, mas às vezes pode aparecer externamente. Sim, às vezes as pessoas com distúrbios alimentares perdem peso de maneira drástica que você pode ver claramente elas pedindo ajuda, mas algumas pessoas lutando com essa doença podem parecer “saudáveis” do lado de fora e ter uma guerra rolando dentro deles mesmos. É horrível e além disso, também gera incompreensão e não é falado o suficiente.Depois de ser hospitalizada e ver tantos homens e mulheres diferentes, jovens e velhos, que estavam lutando com um distúrbio alimentar e lidando com suas próprias experências e processos de recuperação eu percebi que eu não poderia contar todas as suas diferentes histórias. (Não sou uma escritora tão boa). Mas eu queria começar uma conversa sobre essa doença. Eu queria achar uma maneira de fazer alguém que nunca nem pensou sobre distúrbios alimentares, tivesse empatia com isso, mesmo que fosse por só uma hora e meia. Eu queria encorajar alguém que pode estar lutando silenciosamente a falar com seus amigos ou família e pedir ajuda. Eu queria que as pessoas soubessem que lutar contra essa doença é mais que querer estar magra. Afeta homens e mulheres, de todas as raças, todos os fundamentos socio-econômicos e religiões, porque é uma doença série, não apenas uma dieta ou uma escolha.
Então, eu pensei, que maneira melhor de tentar começar uma conversa do que um filme. Em um filme você pode usar a narrativa para colocar o público na mente do personagem. Se você conseguir colocar o público dentro da experiência da doença então talvez eu poderia inspirar empatia para aqueles que vivem com isso e gerar conscientização para a doença em si e também identificar os sinais. Então, eu escrevi, Feed. Eu sei, eu sei, é um pouco ambicioso e muito para um primeiro filme, mas estou orgulhosa dele. Não é perfeito de maneira alguma, mas eu espero que comece uma conversa e inspire as pessoas que podem estar lutando a encontrar ajuda.
O filme aprofunda os aspectos psicológicos e físicos da anorexia. Você já falou abertamente sobre sua experiência com a doença. Como foi se preparar para imergir a si mesma nesse papel?
Foi difícil. Honestamente, eu estava assustada porque me envolver com essa personagem significava me envolver com alguém que tem a doença. Eu trabalhei por muitos anos para me recuperar, e eu vou ser honesta, não é sempre fácil e ainda é uma jornada. Recuperação não é algo que você só consegue e então não precisa mais olhar para trás, é uma escolha constante. Então, dar as boas vindas com braços abertos para as compulsões, restrições e as vozes de volta na minha cabeça e coração, eu estava muito consciente do desafio e do risco. Felizmente, eu tenho uma família incrível, amável e apoiadora que estava lá para mim. Eu trabalhei de perto com uma nutricionista para perder peso e então, mais importantemente, colocá-lo de volta depois sob os olhares de um profissional médico. E acima de tudo eu trabalhei para ter certeza que estava fazendo esse filme pelas razões certas. Meu diretor, Tommy Bertelsen, que também é meu melhor amigo, foi maravilhoso. Ele teve certeza que eu soubesse que ele estaria ali por mim, não importava o que acontecesse. Ele disse, “Vá o mais longe que você precisa ou sente que pode ir, mas não coloque em risco sua saúde mental e física por isso. Eu vou caminhar com você até o limite disso, mas eu não vou deixar você voltar.”Quais foram alguns dos aprendizados depois que o projeto estava completo?
Eu aprendi muito sobre o processo de contar uma história. Como tecer uma narrativa, quais coisas envolvem o público e quais coisas perdem o público. Eu aprendi sobre não ter o tempo ou o dinheiro para fazer as coisas da maneira que você imaginava na sua cabeça e os sacrifícios envolvidos em deixar isso pra trás. Essas foram as lições difíceis, mas essas são as lições de um primeiro filme. Você tem que experienciar essas falhas porque essas são as experiências que você leva com você para o próximo projeto. É como você cresce como artista… Eu espero!Se você pudesse falar com alguém que estivesse sofrendo de distúrbios alimentares, quais palavras de apoio você daria?
Se você sentir que está sofrendo ou lutando de alguma maneira, por favor, peça ajuda. Fale com seus amigos, sua família, peça por ajuda e apoio. Tem recursos incríveis no site da National Eating Disorders Association (NEDA) que podem te apontar a direção de tratamento e ajuda. Você não precisa sofrer em silêncio, doenças mentais são sérias e merecem tratamento.Você se tornou um modelo para jovens mulheres e homens ao redor do mundo. Como é ter uma fanbase tão incrível?
É esmagadoramente maravilhoso. Honestamente, eu luto muito com a questão de dignidade. Eu faço o suficiente para comunicar minha gratidão? Eu forneço apoio para as mulheres e homens que me acompanham com uma mensagem positiva e honesta? Eu quero continuar animando eles da mesma maneira que eles fazem por mim, então isso me mantém envolvida ativamente e crescendo constantemente dentro e fora da tela.Pretty Little Liars é nosso melhor prazer culpado (ou nem tão culpado, para ser honesta). Qual o seu?
Eu sei, certo?! Eu luto com esse termo. Prazer culpado implica vergonha, e eu não quero que tenha vergonha de fazer ou assistir o que você ama. Quando eu conheço pessoas que dizem, “Sua série é meu prazer culpado.” Eu fico meio, “Porque, você está tendo um caso?” Se você gosta da série, ótimo! Se não, está tudo bem também! Mas, eu tenho orgulho das séries que eu assisto! Especialmente as sensacionais… Game Of Thrones, com certeza. Todos meus amigos se juntos para comer pizza e assistir.Nos conte duas verdades e uma mentira.
- Assistir TOWIE (ou The Only Way Is Essex) para trabalhar no sotaque da Alex Drake. É o primeiro e único reality show que eu assisti nos últimos 10 anos.
Verdade: Eu queria que Alex tivesse um sotaque de Essex e assistir essa série foi uma maneira fácil de ter isso no meu ouvido por horas. Eu odeio reality shows então eu nunca assisto, mas essa série é muito viciante!
- Eu fiz o cálculo recentemente de quantas horas eu trabalhei no set de PLL e foi quase 7,000!
Mentira: Foi algo entre 9,500-10,000.. Louco né?
- Eu estou escrevendo essa entrevista a uma altura de 35 mil pés.
Verdade: Estou voando sobre Denver, Colorado enquanto conversamos.
Fonte: The Laterals
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