Troian concedeu uma entrevista para o Motto, onde fala sobre a lei que quer proibir namorados e namoradas com histórico de violência doméstica de portar arma de fogo. Leia traduzido abaixo:
A estrela de PLL se juntou ao Everytown e ATTN para lançar um vídeo para aumentar a conscientização sobre a “lacuna do namorados”, uma lei que permite namorados e namoradas com histórico de violência de comprar armas.
Em 1996, o Congresso promulgou a emenda de Lautenberg, que emendou uma lei federal de controle de armas de 1968 para proibir indivíduos que foram condenados a delitos menores de violência doméstica de possuir uma arma de fogo. Mas essa lei, que é confirmada pela Suprema corte apenas ano passado, só vale para um ex-cônjuge, um pai, guardião da vítima, uma pessoa que compartilha uma criança com a vítima ou alguém que viveu ou vive com a vítima. Isso significa que não tem mecanismo federal para prevenir namorados e namoradas com histórico de violência doméstica de ter uma arma. Em setembro de 2015, dez estados dos EUA aprovaram uma legislação que elimina essa lacuna, mas defensores de vítimas de abuso doméstico dizem que essa legislação federal irá salvar vidas. Enquanto a maioria das violências domésticas fatais ocorre contra esposas, o próximo maior grupo de vítimas são namoradas, de acordo com as estatísticas do Associated Press. Entre 2006 e 2014, 2,441 vítimas de um total de 6,235 vítimas de tiroteios domésticos fatais foram entre relações não matrimoniais com seus assassinos.
Bellisario conversou com o Motto sobre porque ela pensa que a “lacuna dos namorados” vale a pena a luta – e o porque ela não tem medo de falar sobre um assunto político tão pesado.
Motto: Por que você ficou tão interessada em destacar esse problema?
Troian: Eu fiquei sabendo recentemente sobre a “lacuna dos namorados”, e eu fiquei surpresa com isso. Eu trabalhei com a Everytown para o Gun Safety por um tempo e como podemos melhorar a legislação do estado em verificações, e eles vieram a mim com a ATTN para perguntar se eu estava interessada em aumentar a conscientização em torno disso.
Mas depois de fazer pesquisas, eu não fiquei tão surpresa. Fez sentido para mim que, à medida que as mulheres forem se tornando mais independentes e formarem relacionamentos que não são solidificados em casamento, ela não estariam protegidas nessas leis que temos atualmente.Motto: Nesse clima político, quais você acha que são as chances de ter essa lei aprovada a nível federal? Que desafios enfrentam?
Troian: Estamos em uma posição interessante. Teve um estudo em 2013 que mostrou que 86% dos americanos estão a favor de verificar antecedentes de armas de alguma forma. Mas eu acho que há muitos americanos que não tem essa informação sobre esse assunto. Acho que as pessoas não estão cientes de que – ou não estão se conscientizando – dessa “lacuna de armas”, que não exige que os vendedores particulares façam a pesquisa de antecedentes.
Agora, exigir verificação de antecedentes (para toda venda de armas de fogo) é a coisa certa que podemos fazer – e todos concordam. É claro que é difícil porque algumas pessoas dizem que tem problema com verificação de antecedentes. Mas se pudermos fazer isso pelo nosso país, acho que veríamos menos suicídios, menos tiroteios e menos casos de violência doméstica que acaba em assassinato. Acho que no geral, muitos americanos irão se sentir mais seguros – em ambos os lados da questão.Motto: Como você se tornou aficionada por controle de armas?
Troian: Meu pai tem uma arma, e ele me levava para o campo de tiro. Ele me ensinou como usar um rifle, pistola e espingarda. Ele sempre teve certeza que eu soubesse tudo sobre segurança com armas. Mas para mim, não importa o quanto eu atire, eu nunca me sinto inteiramente confortável com uma arma em minha mão. Eu pensei que se eu estão passando por isso para me educar sobre usar armas e ainda não me sinto segura, eu penso o que está acontecendo para os americanos que não estão se educando.
Quando eu comecei a ver essas notícias – e isso é difícil de evitar – tiroteios em massa e eu ouvi que o atirador tinha um histórico de doenças mentais ou que ele não conseguiu a arma legalmente, eu posso ver uma conexão clara. Tem algo que podemos fazer como cidadãos para deixar mais difícil para as armas de irem parar nas mãos de pessoas perigosas.
Quero que todos os americanos se sintam seguros. Quero que os americanos que não querem carregar uma arma se sintam seguros. Não podemos entrar em uma conversa antes de sabermos quais leis podemos concordar. Para mim, é acéfalo quando eu vejo algo como a lacuna dos namorados.
Se podemos proteger mulheres que são vítimas de abuso doméstico, é nossa obrigação como cidadãos fazer isso. Temos que perguntar: “Que leis podemos implementar para impedir que isso aconteça?”
Não é sobre mulheres encontrarem pessoas perigosas em aliados obscuros; é sobre mulheres que são vítimas de seus parceiros íntimos.Motto: O que você está esperando para conseguir essa questão esse ano?
Troian: Espero que possamos aumentar os estados para se juntarem a nos e fechar a lacuna dos namorados. Isso seria uma grande vitória.
Mas além disso, eu espero que possamos ter mais conversas sobre isso. Eu espero que possamos nos envolver com mais donos de armas e mais pessoas que podem não estar cientes que isso é um problema. Eu sempre achei que verificação de antecedentes eram exigidas. Espero que isso se torne realidade logo. Se você quer ter uma arma, você precisa passar por uma verificação de antecedentes.
É uma questão difícil para os americanos falarem. Eu sempre volto a um argumento apaixonado, não um argumento sobre a legislação onde podemos dizer: “Queremos que todos os americanos estejam seguros, incluindo nossas crianças que vão para a escola e nossas esposas e maridos em casa. Queremos eles seguros. Com podemos trabalhar juntos para conseguir isso?”Motto: É um assunto politicamente divisível, por que falar?
Troian: Como mulher, estou com medo. E sou empática com as mulheres que estão em pergo. Se eu posso fazer a menor coisa possível como fazer um vídeo para garantir que mais pessoas fiquem conscientes sobre esse problema, eu não vejo porque não falar.
Fonte: Motto