
Oi pessoal! Estou animada para responder algumas das suas maravilhosas perguntas. Estou colocando meu chapéu de pensar beijos
Fã: Qual foi a maior experiência que você teve como atriz? Ou a pior?
Provavelmente uma das minhas melhores experiências foi estar na faculdade com minha companhia de teatro e fazer o que chamávamos de “Sam Shepard double feature: Fool for Love & True West”.
Era só nós quatro e nosso diretor Tommy. Construíamos todos os sets, pendurávamos todas as luzes, íamos no Home Depot várias e várias vezes para comprar pisos de madeira que de alguma forma, não destruímos enquanto nos jogávamos neles (essas peças tem muitas brigas.) Nós comprávamos na Good Will e encontrávamos nossos figurinos. Cada parte disso era puro trabalho de amor, uma das épocas mais felizes da minha vida, facilmente.


Fã: Qual é a verdade que você vive agora e que você queria ter quando era jovem?
Dormir é necessário e bom.

Fã: Quem foi a primeira pessoa que você contou a ideia de fazer Feed? Como você contou? Amo você, estou tão orgulhoso (a).
A primeira pessoa que contei foi meu namorado na época. Eu liguei para ele do carro e disse, “Oh meu Deus, eu acho que sei como posso escrever isso.” E ele disse, “Bom, mas não me conte, eu só quero ler quando você tiver acabado.”
Fã: Qual história você gostaria de ver sendo contada e porque?
Dois livros que eu estou apaixonada “Uma mulher na noite polar” de Christiane Ritter e “Estação Onze” de Emily St. John Mandel.

Fã: Quais livros você diria que todos deveriam ler?
O apanhador no campo de centeio, Harry Potter, A leste do Éden, Anna Karenina, e os dois que eu mencionei antes. E eu poderia continuar…
Fã: Quais são umas das lições mais importantes que você aprendeu em sua vida?
Espero que lendo todas essas respostas eu tenha respondido uma grande porção dessa pergunta GIGANTE.

Fã: Você tem um ótimo nome, qual a origem? Amor da Grécia!
É o último nome da minha família. Minha avó era Maria Giuseppe Troian Bellisario. Significa mulher de Tróia. Amor de volta para você Grécia, mal posso esperar para visitar um dia.
Fã: Quem te ajudou mais quando você estava tendo momentos difíceis?
Muitas pessoas, graças a Deus por eu ter amigos tão incríveis. Mas, no momento, seria meu marido. Somos muito abertos um com o outro e aprendemos a pedir ajuda um para o outro quando precisamos. Ele é tão amável e me apoia, ele me segura quando eu não me sinto forte o suficiente para fazer as coisas sozinha. Até que eu esteja pronta para fazer novamente.
Fã: Como você se sente sobre a recepção que Feed teve até agora?
Emocionada. Além de emocionada. Eu espero que eventualmente tenhamos algum reconhecimento de streams, críticas de sites de filmes ou algum festival seria ótimo, mas isso é só eu sendo uma cineasta egoísta. A melhor parte sobre a recepção, até agora, é que a comunidade de pessoas para quem eu escrevi o filme estão sendo tão quentes e receptivas. Se eu tivesse escrito esse filme e as pessoas que sofreram ou sofrem de distúrbios alimentares dissessem, “Você não acertou”, ou “Isso deixa tudo pior”, eu não sei o que teria feito, eu ia ficar profundamente envergonhada. Mas vem sendo o completo oposto ouvir das pessoas em recuperação que eles se sentiram representados no filme, e apoiados pela mensagem do filme e isso me deixa tão orgulhosa. Essa comunidade é para quem eu escrevi o filme, então espero que eles possam assistir com as pessoas que eles amam e estejam próximos disso e possam começar uma conversa melhor sobre entendimento e talvez uma de apoio para conseguir ajuda.
Fã: Como é trabalhar com o Tom Felton? Ele é tão maravilhoso pessoalmente quanto parece nas entrevistas? Não é uma pergunta muito série, eu sei, mas alguém tem que perguntar. (Você é absolutamente incrível! Mal posso esperar por esse filme!)
Espero que você veja e goste. Tom é maravilhoso. Ele foi um parceiro de cena tão presente e preocupado. Ele trouxe Matt a vida de uma maneira que eu nunca pensei e foi incrível de se trabalhar. Nos sentimos tão conectados, como irmão e irmã. Ele é tão maravilhoso quanto você pensa.
Fã: Qual é a mensagem mais importante que você quer que as pessoas tirem de Feed?
Que ninguém merece sofrer sozinho. Essa doença mental é algo que deve ser levado a sério, trabalhada com tratamento e a pessoa que sofre disso deveria receber apoio e amor, nunca estigmatizada ou diminuída.
Fã: Qual sua memória com fã favorita?
Sabe, as pessoas sempre me perguntam isso e eu não poderia escolher só uma. Provavelmente a primeira vez que alguém me reconheceu. Eu estava muito longe da cidade no Canadá em um celeiro e a série tinha a recém saído, eu não tinha certeza se alguém já tinha visto. Uma jovem estava me encarando e eu disse, “Oi”, pensando que ela só estava sendo amigável e ela disse, “Você é a Spencer.” E foi a primeira vez que alguém reconheceu ou me chamou assim, foi tão estranho quanto ela.
Fã: Eu me espelho em você há anos, você é genuinamente minha inspiração, Troian. Depois de produzir seu filme, Feed, e tendo esse impulso de fé, eu decidi que eu vou assumir pequenos riscos no dia seguinte no próximo ano. Então eu queria saber o que te mantém em pé, motivada e inspirada?
Ótima pergunta! Muda. Alguns dias é muito fácil estar motivada para trabalhar e continuar a criar. Outros dias apenas sair da cama parece uma tarefa de Hércules. Nesses dias eu foco em fazer algo pequeno. Ler um pouco de um livro, re-assistir um filme que eu amo, sair para uma caminhada em algum lugar que eu nunca andei, ou em algum lugar que eu amo ir o tempo todo. Você nunca sabe o que vai te inspirar, então às vezes você só precisa abaixar a guarda e ver o que aparece.
Fã: Você está na onda Game Of Thrones?
Dã.

Fã: Oi Troian, parabéns pelo lançamento do seu filme Feed. A escrita foi absolutamente emocionante, e sua perspectiva nas doenças mentais foi poderosa de uma maneira que eu espero que toque pessoas que precisam. Para aqueles que querem escrever algo, quanto tempo levou para você escrever Feed? Obrigada pelo seu trabalho, sou inspirada por você todos os dias e te desejo sorte na sua próxima jornada.
Muito obrigada por dizer isso, eu também espero que toque as pessoas que precisem.
Eu queria poder te dar uma resposta menos intimidadora. Eu escrevi Feed primeiramente em uma semana. Apenas saiu de mim, mas provavelmente foi muito ruim. Então eu comecei a trabalhar em PLL então eu só podia me focar durante poucos momentos. Eu acabei re-escrevendo e tentando fazê-lo pelos próximos 6 anos. Mas isso foi principalmente porque era difícil conseguir que as pessoas entendessem. Inclina gêneros, entre um terror psicológico e um drama, é sobre um distúrbio alimentar, mas não nos dias que a maioria dos filmes são assim. Foi muito, muito difícil conseguir que as pessoas entendessem o que eu estava tentando fazendo. Não é para todo mundo, mas eu acho que as pessoas para quem fizemos isso entenderam, então valeu a pena esperar 8 anos para que finalmente saísse.
Fã: Cidade, comida e livro favoritos?
De todos os tempos: New York, Sushi e O apanhador no campo de centeio
De momento: Toronto, Iogurte e Estação Onze.
Fã: 1. Você é maravilhosa! 2. É muito bom que você está defendendo a saúde mental compartilhando sua própria experiência. É valioso em um mundo de glamour de Hollywood, cirurgia plástica e obsessão com um corpo perfeito. Você é uma inspiração! Minha pergunta é: Quem é seu modelo e porque?
Patti Smith. A madrinha do punk. Ela é maravilhosa. Ela acredita em poesia, rituais, a beleza do mundano, rock, amor, e o poder das pessoas. O que tem pra não gostar? Olhe algumas das entrevistas dela e tente não se apaixonar, ela é uma força e uma força do bem.
Fã: Teve alguma cena nesse filme que foi particularmente difícil de escrever ou gravar?
Sim, as cenas da hospitalização foram complicadas porque eu queria que elas fossem aumentadas e ameaçadoras, mas eu não queria que o tratamento assustasse as pessoas ou parecer como tortura. Só parece tortura quando você não quer melhorar, mas essas cenas com o Dr. Rothstein eu queria sentir o impacto e oferecer uma visão da doença e com sorte, esperança. Então, foi um equilíbrio complicado.
Fã: Que música você está escutando recentemente?
O novo álbum do Arcade Fire “Everything Now” eu amo e eu mal posso esperar para que saia completamente!

Fã: Qual sua coisa favorita sobre ser atriz? (ps: amo seu estilo)
Contar histórias. Estar no lugar de outras pessoas. Aprender sobre experiências diferentes, e culturas e maneiras de viver. Eu, às vezes, me sinto sobrecarregada quando penso sobre mim mesma e meus problemas, atuar para mim é uma maneira de investigar outras vidas, sim, problemas também, mas outras felicidades, outras maneiras de reagir, e viver. Isso é libertador e positivo para mim.
Fã: O que você diria para os jovens que sofrem de distúrbios alimentares?
Vá para o NEDA.com e leia o material deles sobre distúrbios alimentares. Você pode ver como procurar tratamento, como falar sobre, e como se ajudar.
Às vezes, pode parecer que você não sabe a melhor maneira de pedir ajuda, ou talvez você ainda não queira ajuda, talvez você ache que tenha tudo sob controle. E eu te falo agora, você não tem. Ninguém tem. E pense dessa maneira, se alguém vem até você com uma doença física (câncer, doença de lyme, qualquer coisa) e diz, “Sim, eu tenho algo em meu corpo que é realmente perigoso e destrutivo, mas não vou procurar ajuda profissional porque, eu tenho sob controle.” O que você diria a eles?
Você merece uma vida livre de dor imensa, danos em seu corpo e mente, e alienação que os distúrbios alimentares trazem. Se você não acha que é forte o suficiente (nesse momento) para se ajudar, converse com um amigo, ou membro da família e peça que eles te ajudem.
Fã: O quanto você se identifica com sua personagem Spencer de PLL?
Eu me pareço muito com ela. 😉 Isso é difícil de dizer. Eu diria que no início Spencer e eu tínhamos algumas coisas em comum, mas nada mais que isso. Durante os anos e o tempo, minhas experiências a afetaram e interpretá-la me afetou. Eu provavelmente não vou saber como por muitos anos. É uma experiência muito recente ainda.
Fã: Quais foram os desafios que você teve enquanto filmava Feed?
Escrever Feed foi muito libertador. Se alguma vez eu senti que essa doença estava ganhando muito poder durante o processo ou eu estava me sentindo engatilhada de me envolver com a história eu poderia ir embora. Filmando foi diferente. Durante as filmagens, porque tem um ator promulgando parte da minha doença, porque tinha transformação física que significava perder peso, tiveram muitos gatilhos. Tiveram oportunidades para minha doença acordar e tomar as rédeas dos meus pensamentos, decisões e ações. Foi perigoso porque foi como pegar uma droga voluntariamente ou beber quando você sabe que trabalhou duro para ficar sóbrio.
MAS, eu também era uma personagem. Não era Troian voltando para quando Troian experienciou suas lutas. Eu, como escritora, sabia que as conversas da Olivia com o Matt depois de sua morte foram conversas entre ela e sua doença, mas Olivia não. Como Olivia, eu tive que investir no amor que eu tinha por Matt. Eu tive que focar no que eu faria se eu perdesse alguém que eu era próxima: quais partes deles eu ia sentir mais falta, o que eu faria se pudesse vê-los mais uma vez, o que eu diria, o que eu faria para mantê-los perto de mim. Me permitir investigar o amor da Olivia pelo Matt me permitiu manter uma distância saudável da minha doença.
Fã: O que você está mais ansiosa para seus novos projetos?
Eu estou muito emocionada de fazer parte do novo filme do Richard Linklater, “Where’d You Go Bernadette.” Eu amei o livro, eu sou uma grande fã dos filmes dele e eu estou na lua de trabalhar com um elenco incrivelmente talentoso de pessoas.
Fã: Você mudaria algo sobre seu passado se pudesse, ou você pensa que tudo que aconteceu te fez a pessoa que você é hoje e então não deveria se arrepender de nada? Obrigada por ler isso!
Eu não imagino nada diferente. Mesmo as piores partes, eu tive que passar por elas porque elas me trouxeram a quem eu sou e quem eu amo hoje. Eu poderia ter tentado ser mais calma sobre as coisas quando elas estavam acontecendo, mas eu acho que tudo é uma lição de vida necessária, particularmente as partes dolorosas. Você não cresce se sua vida é fácil, só feliz, ou encantada.
Fã: Ei, eu sou uma grande fã sua então se você tiver um tempo para responder isso ia significar muito para mim. Minha pergunta é como você se afasta de um distúrbio alimentar? Eu me sinto muito desconfortável sobre meu distúrbio alimentar mas não tenho ideia de como parar. Me ajude por favor?
Leia minha resposta anterior! Vá ao NEDA.com e descubra maneiras de se ajudar. A melhor coisa que você pode fazer é se educar. Como você pode parar quando você nem sabe a medida que isso controla sua vida? Aprenda sobre, aprenda onde você está nesse envolvimento, como você pode achar ajuda? Como você pode falar sobre isso.
Fã: Você é um modelo positivo para mulheres e uma atriz excepcional. Minha pergunta é: onde você se vê em 20 anos?
Obrigada! Eu tento! haha Eu espero que em 20 anos eu ainda esteja criando. Eu espero que ainda esteja atuando em filme, TV e peças que eu amo. E eu espero que eu tenha feito muitos filmes, continuado a escrever e dirigir.
Fã: Qual sua música favorita no momento?
Provavelmente, “Creature Comforta” do Arcade Fire, ou “Heimlich Maneuver” do Interpol. Se uma delas começar a tocar eu fico instantaneamente no melhor humor e pronta para dançar.
Fã: Olá Troian! Quando foi o momento que você decidiu procurar ajuda para sua doença mental? O momento que você disse ‘Ok. É o suficiente.’ Porque eu queria procurar ajuda mas eu sinto que minha família não ia entender e eu digo que eu quero ajuda por ‘atenção’. Amo você demais. Saudações da Argentina.
Olá! Grande pergunta. Eu na verdade não tive um momento de clareza assim. Eu fui confrontada pelos meus amigos, família e professores. Quando eles me confrontaram eles me levaram a um médico que me contou sobre anorexia pela primeira vez e que eu era anoréxica. Eu nem tinha pensado nisso, eu sabia que estava perdendo peso eu sabia que eu estava escondendo e obcecada de uma maneira não saudável, mas essa foi a primeira vez que eu ou minha família tivemos uma conversa honesta sobre o que estava acontecendo.
Mas mesmo depois disso era um caminho difícil de escalar, eu ficaria “melhor” por um tempo então voltar a isso, eu faria o tratamento seriamente então, contar a verdade então mentir. Não foi até a escola que eu estava indo se recusaram a me deixar voltar e me mandaram para casa. Quando voltei para LA meus pais disseram que não me deixariam morar com eles a não ser que eu fosse internada. Eu sei que parece um amor difícil, mas eu acho que eles sabiam que eu queria sair fora, então eles me forçaram a isso, eu entrei no dia seguinte. Ironicamente, eles não tinham camas suficientes então o dia que eu precisei esperar em casa para voltar era a Ação de Graças… Eu posso rir disso agora porque eu finalmente aceitei ajuda para ficar presa em casa em um feriado… Sem precisar dizer que foi muito doloroso para todos os envolvidos… Mas tragédia mais tempo é igual comédia.
Acho que muitas vezes nós tememos, ou assumimos, ou pensamos que nossas famílias vão nos acusar de querer “atenção”, mas realmente isso é algo que nossa doença está nos dizendo para se proteger. Sua doença não quer que você procure ajuda ou peça ajuda, então ela vai te dizer coisas do tipo, ” Você não tem dor o suficiente ou isso não é sério o suficiente para pedir ajuda, ninguém vai acreditar em você, eles vão pensar que você quer atenção.” Mas é só fazer isso é difícil manter os braços abertos e em volta de você. Se você pedir por ajuda e alguém disser que você quer “atenção”, então vá até outra pessoa, essa pessoa não é o local certo para entender o quão grave essa doença é.
Fã: Qual foi a melhor coisa que você aprendeu enquanto fazia PLL, profissionalmente e pessoalmente?
Como chegar no set todos os dias e ir trabalhar. Mesmo quando eu não queria, mesmo quando eu estava cansada ou tinha um dia ruim ou sentia falta do meu marido. Aparecer e me comprometer a 12 horas por dia, de segunda a sexta, por 9 meses no ano por 7 anos me ensinaram o que fazer televisão exige. Eu respeito profundamente qualquer pessoa que trabalha na televisão (atrás ou na frente da câmera) porque, mesmo quando você não pensa necessariamente que a série é boa, é preciso muito trabalho para que aconteça.
Fã: Você gostou de trabalhar com o Tom Felton no seu último projeto?
Muito.
Fã: Conforme você avança na carreira de diretora, quais medos e esperanças você tem em relação aos seus projetos futuros e a indústria do cinema? Além disso, você tem um estilo de assinatura em mente ou algo assim vem através de um processo evolutivo?
Eu acho, porque minha única experiência foi em PLL, acho que minha maior curiosidade (não é preocupante) é: qual vai ser meu estilo? Quando você faz um episódio de uma série estabelecida, você pode trazer sua visão para ela de uma maneira particular, mas no fim a ideia é que vire outro episódio de PLL, você não quer acabar com o barco.
Então para meu próximo projeto, o que eu não sei qual vai ser, eu espero achar mais meu estilo, sobre como eu quero contar histórias. Mas, provavelmente, a história vai contar por si mesma.
Fã: Se você pudesse dar um conselho para sua versão de 15 anos, qual seria?
Aproveite. Passa muito rápido. E também você é linda e inteligente e amada, assim como você é, e você não precisa fazer nada ou ser qualquer outra coisa.
Fã: Troian, qual sua lembrança da infância mais maravilhosa? Aliás, eu amo seu nome.
Eu sou horrível em lembrar minha infância! Na verdade eu não sinto que lembro muitas das coisas que meus pais me contaram com detalhes. Eu sinto que tenho uma memória retroativa sobre isso. Mas quando eu era pequena meus melhores amigos eram gêmeos. Toda segunda feira seus pais nos pegavam em um enorme vagão com painéis de madeira. Iríamos tomar sorvete, encher a cara com ele, então ir para a casa deles e ter aulas de tênis juntos. Então a mãe deles ia nos ajudar a fazer a lição de casa. Eu amava essas segundas demais, eu nunca queria que elas acabassem. Então quando a campainha tocava, eu lembro exatamente, eu ia me esconder em algum lugar. Era um jogo divertido ver quanto tempo minha mãe demorava para me achar. Então eu ia para casa e esperava ansiosamente pela próxima segunda feira. Provavelmente a única época da minha via que eu aguardava as segundas!
Fã: Eu sinto que muitas mulheres tendem a ficar no caminho de seu próprio sucesso? Você já se viu fazendo isso, e se sim, como você faz para evitar isso?
É claro que eu faço! Eu acho que a ansiedade sobre a falha é muito grande pra mim e eu sinto que a tentativa de preparação para uma situação, ou me defender contra o mau iminente (que minha ansiedade acredita que vai acontecer) só me tira da experiência. Eu não gosto de aproveitar e viver minha vida porque eu estou tão preocupada sobre fazer errado, ou falhar. Eu acho que muitas mulheres e homens se sentem assim.
Eu tento me lembrar que cada experiência, seja boa ou não, são experiências que compõem minha vida. O objetivo é não controlar o resultado de tudo, mas viver, aprender, aproveitar. Meditação ajuda. E também a citação de Lennon, “A vida acontece enquanto você está fazendo outros planos.”
Fã: Você acha que ter séries e filmes sobre doenças mentais e distúrbios alimentares, como Feed, Os Trezes Porques e O mínimo para viver são importantes? Teve muitas reações negativas sobre Os Treze Porques, você acha que esse filme vai se encontrar nessa mesma reação? Havia preocupação sobre como lidar com essas questões?
Eu não vi Os Treze Porques, então eu não me sinto capaz de comentar. Eu assisti O mínimo para viver e eu fiquei impressionada com o trabalho da Lily Collins, e a direção do Martin Noxon e a escrita. Eu me senti engatilhada por esse filme, sim, mas eu também acho que você não pode assistir algo que você tem uma relação por duas horas e um intenso passado e não se sentir engatilhado.
Acho que todos os filmes saindo sobre doenças mentais, sendo Feed ou O mínimo para viver, eu acho que está fazendo um serviço porque elas estão criando um espaço para as pessoas falarem sobre suas lutas. Um espaço para compartilhar como eles se sentem, como eles se afastaram de um espaço sombrio, como eles finalmente encontraram seu caminho para o tratamento, e também o que ajuda quando eles se sentem engatilhados ou envolvidos com isso novamente. Então para essas pessoas que estão lutando com seus distúrbios alimentares e não veem uma saída, talvez eles possam se inspirar e procurar ajuda.
Sim. Fiquei muito preocupada com a forma que Feed seria recebido. Não criticamente, mas dentro da comunidade da saúde mental. Eu queria fazer um filme que ajudasse a situação, então se a resposta fosse negativa, ou eu ouvisse que as pessoas pensassem que eu fiz as coisas piorarem, eu ficaria devastada. Mas, até agora, as respostas foram maravilhosas, eu acho que as pessoas se relacionam com a história da Olivia e disso eu estou emocionada e orgulhosa.
Fã: Quantos anos você tinha quando decidiu que atuar era o que você queria fazer como carreira? E você esperava tal sucesso?
Eu tentei atuar pela primeira vez quando tinha 4 anos!

Eu sempre soube que esse era meu objetivo principal de carreira, mas eu também sabia que a faculdade era realmente importante. Eu queria estudar teatro na faculdade porque eu queria ter tempo para aprender o ofício. Eu queria ter uma longa carreira que, com esperança, abrangesse muitas décadas e muitos papéis, então eu tento não pensar sobre meu trabalho em termos de “sucesso”. Eu só estou focada em fazer um trabalho que eu possa me orgulhar.
Fã: Estou tão orgulhosa(o) que você fez Feed, abrange uma questão muito importante. Qual sua coisa favorita sobre esse filme? Eu te amo muito.
Obrigada! Estou muito orgulhosa disso também. Eu acho que minha parte favorita sobre Feed é que fala sobre distúrbios alimentares de uma maneira (espero) inesperada. Muitas pessoas na comunidade de recuperação que eu falei se sentiam incompreendidas (eu também senti) pela mídia, meu filme e a maioria das pessoas (em geral) que acreditam que ter um distúrbio alimentar é vaidade, ou essas revistas que sensacionalizam um “Susto de pele!” quando a verdade é que todos esses sofrendo de distúrbios alimentares não estão só fazendo dieta, ou vaidade, eles estão sofrendo de uma doença mental que é brutal e pode ser fatal. E as razões que os distúrbios alimentares se manifestam em uma pessoa são muito diferentes de pessoa para pessoa, e podem não ter nada com a aparência física… São muito mais complicados que isso.
Eu amo que Feed oferece um ponto de vista diferente e espero que desafie as expectativas das pessoas do que pode ser ter um distúrbio alimentar.